Este Verão, proteja os seus olhos das agressões externas. Saiba como prevenir inflamações e infecções.
Verão, férias, sol e praia. Os ingredientes essenciais para uns dias de descanso bem passados entre umas braçadas no mar, no rio e muitos mergulhos na piscina. Há, contudo, que ter cuidado com os olhos, pois durante este período ficam muito mais vulneráveis às agressões exteriores como o sal, o cloro, a areia ou até as águas contaminadas.
As piscinas, por exemplo, onde a água está parada, são os locais mais propensos a espalhar infecções e viroses nos olhos. É o caso da conjuntivite, uma das mais comuns. Basta um banhista com um olho contaminado para que muitos outros passem a ter o mesmo problema.
O perigo das infecções
A conjuntivite pode ser causada por vírus ou bactérias que provocam diferentes quadros clínicos que, por sua vez, requerem tratamentos também distintos. Os sintomas? Olhos encarnados e lacrimejantes, dor persistente, sensação de que há areia nos olhos, dor ao encarar uma luz directa e pálpebras inchadas.
No caso das conjuntivites bacterianas, há uma grande produção de secreção amarelada e, pela manhã, a pessoa acorda com as pálpebras “coladas”; já as virais, não menos incómodas, produzem secreções aquosas. Além das infecções, há, contudo, outros factores que podem causar problemas. É o caso do cloro presente nas águas das piscinas - evita a proliferação de bactérias mas , ao mesmo tempo, causa ardências e vermelhidão.
E se as férias são na praia, é ainda mais difícil evitar irritações. A conjuntivite já não é tão comum mas, por outro lado, a água do mar irrita os olhos por ter grande concentração de cloreto de sódio – ou sal – e as impurezas associadas a um saneamento básico precário e ineficiente. A água do mar pode diluir ou anular as funções e a fisiologia da lágrima, devido à alteração dos meios de protecção e nutrição da córnea.
Uma boa alternativa para amenizar os efeitos do sal e do cloro durante o Verão, é o uso quer de óculos de mergulho, quer de lágrimas artificiais e colírios que limpam e lubrificam os olhos sem agredir.
Mas atenção: se os seus olhos estão irritados e não consultou um médico, o melhor a fazer é investir em compressas com água filtrada gelada ou no soro fisiológico sem conservantes, pois alguns produtos apresentam na sua composição os chamados corticóides, que podem provocar catarata e glaucoma.
Seguem algumas medidas de prevenção. Tome nota.
- Evite abrir os olhos debaixo de água e use sempre óculos de mergulho;
- Evite o atrito das mãos com olhos que pode provocar micro lesões na superfície ocular, facilitando a penetração de microrganismos ou agentes químicos;
- Use óculos de sol com lentes de boa qualidade e com protecção ultravioleta, que evitam a passagem dos raios de luz nocivos ao núcleo das células do olho humano. Além disso, os óculos também funcionam como escudo protector para elementos externos como areia e outras impurezas;
- Não frequente praias impróprias para banho;
- Evite a exposição ao sol entre as 11h e as 16h. O calor actua como um forte vaso dilatador e a exposição prolongada pode causar desidratação e queimaduras, inclusive nas pálpebras;
- Cuidado com produtos químicos que podem irritar a mucosa, como os protectores solares usados ao redor dos olhos;
- Cuidado com o excesso de álcool que, em pessoas mais sensíveis, é um potente vasodilatador e causador de vermelhidão nos olhos;
- Evite o uso de lentes de contacto na praia ou na piscina, pois tornam os olhos mais vulneráveis;
- O uso de colírios deve ocorrer sempre após prescrição médica. Há medicações tópicas como os vasoconstritores que podem promover a dilatação da pupila e uma crise de glaucoma;
- Não vá à praia ou à piscina se tiver sinais de infecção ocular (conjuntivite);
- No caso de irritações e inflamações, procure imediatamente um médico. Evite a automedicação.
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