O que é epilepsia?
Fonte: O neurologista João Chaves, especialista em epilepsia no Hospital de Stº António, no Porto - Revista Prevenir
É uma afecção que se caracteriza pela repetição espontânea de crises epilépticas - que são a manifestação clínica de uma descarga anómala de um grupo ou a totalidade dos neurónios cerebrais. As crises epilépticas podem, por isso, ter manifestações variadas, dependendo da área cerebral atingida: sintomas motores, sensitivos, visuais, psíquicos, alterações da linguagem, etc. São geralmente de curta duração (menos de 2 minutos) e estereotipadas (os sintomas são iguais nas diferentes crises).
Há vários tipos de epilepsia?
Sim. As epilepsias podem ser focais se apenas uma área do cérebro está atingida ou podem ser generalizadas quando todo o cérebro está envolvido na crise epiléptica. A determinação do tipo de epilepsia pelo médico é útil, pois permite estabelecer a estratégia terapêutica mais adequada a cada caso.
Como se diagnostica?
O diagnóstico é clínico: o doente conta o que sente ou uma testemunha (familiares, colegas, etc.) descrevem os episódios. Por vezes, é muito útil para o médico a filmagem (por exemplo, com telemóvel). Os exames auxiliares de diagnóstico (eletroencefalograma, tomografia cerebral e ressonância cerebral) podem ajudar a apoiar o diagnóstico.
Quais são as causas?
Todas as doenças que afectam o sistema nervoso central podem levar ao aparecimento de epilepsia: acidente vascular cerebral, meningites, traumatismos crânio-encefálico, anóxia de parto, malformações do desenvolvimento cerebral, tumores, malformações arterio-venosas, etc.
O que se deve fazer perante uma crise?
Se a crise for uma convulsão (crise tónico-clónica generalizada), deve-se deitar o doente, virá-lo de lado, proteger a cabeça, evitando um possível traumatismo craniano resultante da fricção dos movimentos convulsivos do corpo com o solo. Não se deve pôr nada na língua ou na cavidade oral. Se a crise for focal e envolver parcialmente a consciência deve vigiar-se o doente até que a crise passe e prevenir possíveis quedas. Não se deve demover ou agarrar o doente pois, neste tipo de crises, está confuso e pode não cooperar.
Como tratar?
Cerca de dois terços dos doentes com epilepsia são controlados com fármacos anti-epilépticos. Um grupo restrito (menos de cinco por cento) pode ter solução cirúrgica.
O que pode (ou não) fazer um doente com epilepsia?
Deve ser promovida uma vida o mais autónoma e adaptada possível do doente com epilepsia. Se tiver a doença controlada, não haverá quaisquer restrições, excepto evitar o álcool e adoptar hábitos regrados de sono. Se a epilepsia não estiver controlada, o doente deve evitar situações que o coloquem em risco se tiver crises: não tomar banho de imersão, não subir para alturas desprotegidas, não conduzir...
Há vários tipos de epilepsia?
Sim. As epilepsias podem ser focais se apenas uma área do cérebro está atingida ou podem ser generalizadas quando todo o cérebro está envolvido na crise epiléptica. A determinação do tipo de epilepsia pelo médico é útil, pois permite estabelecer a estratégia terapêutica mais adequada a cada caso.
Como se diagnostica?
O diagnóstico é clínico: o doente conta o que sente ou uma testemunha (familiares, colegas, etc.) descrevem os episódios. Por vezes, é muito útil para o médico a filmagem (por exemplo, com telemóvel). Os exames auxiliares de diagnóstico (eletroencefalograma, tomografia cerebral e ressonância cerebral) podem ajudar a apoiar o diagnóstico.
Quais são as causas?
Todas as doenças que afectam o sistema nervoso central podem levar ao aparecimento de epilepsia: acidente vascular cerebral, meningites, traumatismos crânio-encefálico, anóxia de parto, malformações do desenvolvimento cerebral, tumores, malformações arterio-venosas, etc.
O que se deve fazer perante uma crise?
Se a crise for uma convulsão (crise tónico-clónica generalizada), deve-se deitar o doente, virá-lo de lado, proteger a cabeça, evitando um possível traumatismo craniano resultante da fricção dos movimentos convulsivos do corpo com o solo. Não se deve pôr nada na língua ou na cavidade oral. Se a crise for focal e envolver parcialmente a consciência deve vigiar-se o doente até que a crise passe e prevenir possíveis quedas. Não se deve demover ou agarrar o doente pois, neste tipo de crises, está confuso e pode não cooperar.
Como tratar?
Cerca de dois terços dos doentes com epilepsia são controlados com fármacos anti-epilépticos. Um grupo restrito (menos de cinco por cento) pode ter solução cirúrgica.
O que pode (ou não) fazer um doente com epilepsia?
Deve ser promovida uma vida o mais autónoma e adaptada possível do doente com epilepsia. Se tiver a doença controlada, não haverá quaisquer restrições, excepto evitar o álcool e adoptar hábitos regrados de sono. Se a epilepsia não estiver controlada, o doente deve evitar situações que o coloquem em risco se tiver crises: não tomar banho de imersão, não subir para alturas desprotegidas, não conduzir...
Fonte: O neurologista João Chaves, especialista em epilepsia no Hospital de Stº António, no Porto - Revista Prevenir
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